Joseph Arthur de Gobineau | |
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Nascimento | 14 de julho de 1816 Ville-d'Avray |
Morte | 13 de outubro de1882 (66 anos) Turim |
Nacionalidade | Francês |
Ocupação | Diplomacia, literatura, filosofia |
Joseph Arthur de Gobineau (Ville - d'Avray, 14 de julho de 1816 — Turim, 13 de outubrode 1882) foi um diplomata, escritor e filósofo francês. Foi um dos mais importantesteóricos do racismo no século XIX.[1]
Vida e obra
Joseph Arthur de Gobineau nasceu de família comum, com poucas posses, em 14 de julho de 1816. Mais tarde, criaria para si uma falsa genealogia que o colocaria como membro de uma família aristocrática, passando a se fazer conhecer pelo título nobiliárquico adotado de "Conde de Gobineau".
Vivendo em Paris, a partir de 1835, tornou-se funcionário público como secretário doescritor Alexis de Tocqueville, nomeado ministro, em 1849[1]. Como diplomata, Gobineau serviu em Berna, Hanover, Frankfurt, Teerã, Rio de Janeiro e Estocolmo.[2]
Tinha pretensões artísticas, tendo tentado ser escultor e romancista. Mas se celebrizou como ensaista ao escrever seu Ensaio sobre a desigualdade das raças humanas (1855), seu livro mais célebre, um dos primeiros trabalhos sobre eugenia e racismo publicados no século XIX[3].
Segundo ele, a mistura de raças (miscigenação) era inevitável e levaria a raça humana a graus sempre maiores de degenerescência física e intelectual. É-lhe atribuída a frase:
“ | Não creio que viemos dos macacos mas creio que vamos nessa direção. | ” |
Sua segunda missão diplomática foi no Brasil. Aqui chegou em 1869, enviado por Napoleão III. Nunca escondeu sua animosidade para com o país, que deixou um ano depois (1870). Travou amizade com oimperador Pedro II que, mesmo sem compartilhar muitas de suas idéias[carece de fontes], manteve uma amizade epistolar durante muitos anos depois de sua partida do Brasil.[1]
Não conseguiu ver com bons olhos nenhum aspecto da sociedade brasileira, a não ser seus encontros com D. Pedro II. Para ele o Brasil não tinha futuro, país marcado pela presença de raças que julgava inferiores. Amistura racial daria origem a mestiços e pardos degenerados e estéreis. Esta característica já teria selado a sorte do país: a degeneração levaria ao desaparecimento da população. (Brasiliana, abaixo citada, página 74). A única saída para os brasileiros, seria o incentivo à imigração de "raças" européias, consideradas superiores.[1]
Mas se, em vez de se reproduzir entre si, a população brasileira estivesse em condições de subdividir ainda mais os elementos daninhos de sua atual constituição étnica, fortalecendo-se através de alianças de mais valor com as raças européias, o movimento de destruição observado em suas fileiras se encerraria, dando lugar a uma ação contrária. | —Joseph Arthur de Gobineau
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Além de Gobineau, Louis Agassiz foi o viajante que melhor representou o ponto de vista do racismo científico (racialismo) entre nós.